Por Freitas Netto - direto de Portugal
A edição 2008 do Rally Lisboa-Dakar, que partiria de Portugal (Europa) até Senegal (África) não vai acontecer pela primeira vez em 30 anos.
Tudo isso devido a sérios atentados terroristas na África e às ameaças contra a caravana, possivelmente ligados ao grupo Al Qaeda.
Dias antes da prova se iniciar, quatro franceses foram assassinados em um dos trechos do percurso, na Mauritânia.
Em 4 de janeiro, faltando apenas um dia para a largada, o organizador do evento, Etienne Lavigne, fez a seguinte declaração:
“Tendo em conta as atuais tensões políticas internacionais, a organização não pode tomar outra decisão que não seja a anulação da largada”.
No entanto, os fãs do maior rally do mundo e os participantes da corrida estavam ansiosos para que uma nova data fosse marcada ainda este ano.
Mas, a confirmação final veio esta semana da França. A ministra do Interior francesa, Michèle Alliot-Marie, disse:
“A segurança dos participantes é fundamental e sempre existem pilotos que se perdem ou que acabam se isolando durante o longo e complicado percurso da prova e esses correm os maiores riscos”.
Mas, Etienne Lavigne afirmou que esse caso isolado não vai fazer com que a tradição do rally acabe. E aí surge uma boa notícia para a América do Sul.
Como a África encontra-se em ameaças terroristas, os organizadores do evento definiram que a edição de 2009 vai acontecer nos países latinos.
Para o próximo ano, Argentina e Chile já estão confirmados no percurso, entre 3 e 18 de Janeiro. Brasil e Peru também são cogitados para estar presentes nessa edição.
Pela primeira vez em três décadas o Rally Dakar vai mudar de continente.
Vitória do terrorismo!
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