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"A Maioria dos autódromos no Brasil estão abandonados"


O bicampeão de Stock Car V8, Giuliano Losacco marcou presença no último fim de semana no Autódromo Internacional de Brasília. E em entrevista exclusiva ao É Craque! comentou que a situação do autódromo de Goiânia não é diferente dos demais do país. "Fico escutando todo mundo falando sobre a situação da pista de Goiânia, confesso que a maioria dos autódromos no Brasil estão abandonados". A declaração do piloto paulista reflete as últimas declarações do presidente da Federação Goiana de Automobilismo, Ney Lins, que defendeu a reforma da pista e foi contrário a proposta de mudar o autódromo de lugar. Losacco aproveitou para falar de Fórmula 1, trajetória no automobilismo e o que significa correr na GT3. Acompanhe a entrevista na íntegra.

É Craque!: O que você achou do traçado de Brasília?

Losacco: Uma pista muito legal de guiar, com curvas de alta e média, tornando o traçado bastante desafiador. O único problema é o asfalto que é muito velho, o que aumenta o consumo de pneus.

É Craque!: A situação da pista de Brasília é semelhante à de Goiânia?

Losacco: Venho escutando muita gente falar sobre a situação do autódromo de Goiânia, confesso que todos as pistas estão abandonadas. São problemas que tiram, por exemplo, uma etapa de Stock Car, tudo porque automobilismo não é barato e o consumo de pneus é absurdo. Além disso, é preciso reformar os boxes e área de escape para que Goiânia possa querer voltar a ser palco de grandes corridas.

É Craque!: Você acha que o kart nacional vem colaborando com a formação de futuros talentos?
Losacco: Comecei no kart também e vejo que hoje está faltando uma safra melhor na categoria, mas a culpa não é pela falta de pequenos talentos, e sim pelos custos elevados que espantam os pais, que sem condições de investir pesado na carreira do filho, acabam deixando de apostar na vontade do garoto. A carreira de um futuro campeão começa com o investimento dos pais, se eles estão sem grana fica difícil.

É Craque!: Você começou a correr com quantos anos?

Losacco: Comecei entre 12 e 13 anos, sou da quarta geração da minha família que tem no sangue a velocidade. Quando criança era muito ligado nas corridas. Meu avô, Victor, tinha uma oficina de preparação de carros de corrida, depois meu pai, Vinícius, começou a correr. Cresci num meio ligado intensamente ao automobilismo. Se não fosse piloto com certeza trabalharia com algo voltado à velocidade.

É Craque!: Feliz em disputar a GT3?

Losacco: A GT3 é uma categoria gostosa de correr, aqui eu me divirto dentro do cockpit. Aqui são carros que dão prazer de guiar e que você depende do companheiro de equipe. Mas, na Stock Car a história é outra, lá seria, vamos dizer, minha profissão.

É Craque!: Emoção de correr contra o Emerson Fittipaldi?
Losacco: É muito legal perceber toda experiência de um bicampeão de Fórmula 1 pilotando um carro. É um aprendizado não só para mim, mas para muitos pilotos.

É Craque!: Palpite para o campeão de Fórmula 1 deste ano?

Losacco: Olha, a Ferrari e McLaren estão muito bem na temporada. A BMW está crescendo, mas não acredito em alguma surpresa, a disputa vai ficar entre Lewis Hamilton, Kimi Raikkonen e Felipe Massa.

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