O Goiânia, que por muitos anos monopolizou o futebol goiano, sangrando-se inclusive pentacampeão entre os anos de 1950 e 1954, fato igualado apenas pelo Goiás somente em 2000, completa hoje 34 anos da última conquista do Campeonato Goiano, em 1974. A data marca o declínio de um dos gigantes da história do futebol goiano, que nunca mais conseguiu encher os corações dos torcedores de alegrias nas tarde de domingo no Estádio Olímpico.
Com 14 títulos regionais, a temporada de 2008 foi uma das mais conturbadas da história do clube. A reeleição do atual presidente Raulindo Naves em uma assembléia diretiva, o anúncio tardio do patrocínio e apenas 12 dias para formar a comissão técnica e elenco para a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Goiano foram os responsáveis pelo fracasso do time. Nem mesmo a contratação do héroi de 1974, Sinomar Naves como técnico surtiu o efeito desejado. Os números comprovam o baixo rendimento. Em oito jogos, o Galo venceu três, empatou um e perdeu quatro. Foram 10 gols marcados, 16 sofridos e a quinta posição, significando desclassificação ainda na primeira fase.
Apesar da frustração, a diretoria vem trabalhando com os olhos voltados para o futuro. O Goiânia possui uma dívida de pouco mais de R$2 milhões junto ao INSS e em torno de 800 mil com o FGTS, além de R$2 milhões reclamados pela justiça. O presidente do Galo, Raulindo Naves tem a seguinte receita para os próximos anos: "a prioridade é pagar as contas, despesas com o futebol e administrativo, resgatar a capacidade fiscal e financeira do clube, construção de um mini-estádio e reestruturação da Vila Olímpica", sonha.
A crise fez o presidente admitir escolhas erradas por parte da direção do time no ano passado, que resultaram na queda para a segunda divisão do Goiano. "Em 2007, nosso pensamento era pagar as dívidas e não investir muito alto no time. O resultado dessa escolha foi o rebaixamento", admite. O clube que leva o nome da capital goiana é o segundo mais antigo da cidade, foi fundado em 1938, um ano depois do Atlético. Até hoje o Galo ostenta mais troféus que o Atlético e só foi ultrapassado pelo Vila Nova em 2005. Mas, só história não garante a sobrevivência do clube.
Retrospectiva
Com um elenco mesclado por jogadores formados no próprio clube, atletas mais experientes, com passagens pelos rivais da capital, o Goiânia conquistou o Campeonato Goiano de 1974. Naquele ano, a crise financeira já fazia parte da rotina do clube. E isso levou o time a um jejum de seis anos sem títulos e não era mais o papão de 1940 a 1950. Nos últimos 13 campeonatos, tinha conquistado apenas um título, em 1968.
O campeonato de 1974 era dividido em dois turnos. Nove equipes disputavam a primeira fase. Em oito jogos, quem fizesse mais pontos seria campeão. Mesmo com desconfiança, o elenco do Galo mostrou superação e venceu o turno na final contra o Itumbiara. O herói do jogo, o atacante Sinomar, contou como foi a jogada do gol decisivo. "O ponta-esquerda Zé Carlos fez boa jogada e cruzou para a área. Entrei em velocidade e ganhei do goleiro: 2 a 1", lembra. Revelado nos gramados da Vila Olímpica, Sinomar se destacou no Goiânia de 1972 a 1977. Líder nato, aos 28 anos, o ex-ponta esquerda abandonou os gramados para iniciar a carreira como treinador.
Com vaga garantida na final, o Galo colocou pressão nos rivais Vila Nova e Goiás e acabou relaxando no segundo turno. Com isso, o esmeraldino venceu e obrigou a final entre as equipes. Na primeira partida da final o Goiânia venceu por 1 a 0 e levou vantagem para a finalíssima. Na decisão, o empate em 1 a 1 quebrou o jejum de seis anos sem título e coroou o time formado pelo goleiro Nilson; na lateral-direita, Eulálio e na esquerda Tássio; dupla de zagueiros Dema e Lula; no meio, Maurício e Benê; na ponta-direita, Marco Antônio; do outro lado, Sinomar; no ataque, Rogério e Marcelo. 34 anos depois, a torcida espera ver no jornal a escalação de um novo time vitorioso.
Fonte: Jornal Diário da Manhã - 24 de novembro
Com 14 títulos regionais, a temporada de 2008 foi uma das mais conturbadas da história do clube. A reeleição do atual presidente Raulindo Naves em uma assembléia diretiva, o anúncio tardio do patrocínio e apenas 12 dias para formar a comissão técnica e elenco para a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Goiano foram os responsáveis pelo fracasso do time. Nem mesmo a contratação do héroi de 1974, Sinomar Naves como técnico surtiu o efeito desejado. Os números comprovam o baixo rendimento. Em oito jogos, o Galo venceu três, empatou um e perdeu quatro. Foram 10 gols marcados, 16 sofridos e a quinta posição, significando desclassificação ainda na primeira fase.
Apesar da frustração, a diretoria vem trabalhando com os olhos voltados para o futuro. O Goiânia possui uma dívida de pouco mais de R$2 milhões junto ao INSS e em torno de 800 mil com o FGTS, além de R$2 milhões reclamados pela justiça. O presidente do Galo, Raulindo Naves tem a seguinte receita para os próximos anos: "a prioridade é pagar as contas, despesas com o futebol e administrativo, resgatar a capacidade fiscal e financeira do clube, construção de um mini-estádio e reestruturação da Vila Olímpica", sonha.
A crise fez o presidente admitir escolhas erradas por parte da direção do time no ano passado, que resultaram na queda para a segunda divisão do Goiano. "Em 2007, nosso pensamento era pagar as dívidas e não investir muito alto no time. O resultado dessa escolha foi o rebaixamento", admite. O clube que leva o nome da capital goiana é o segundo mais antigo da cidade, foi fundado em 1938, um ano depois do Atlético. Até hoje o Galo ostenta mais troféus que o Atlético e só foi ultrapassado pelo Vila Nova em 2005. Mas, só história não garante a sobrevivência do clube.
Retrospectiva
Com um elenco mesclado por jogadores formados no próprio clube, atletas mais experientes, com passagens pelos rivais da capital, o Goiânia conquistou o Campeonato Goiano de 1974. Naquele ano, a crise financeira já fazia parte da rotina do clube. E isso levou o time a um jejum de seis anos sem títulos e não era mais o papão de 1940 a 1950. Nos últimos 13 campeonatos, tinha conquistado apenas um título, em 1968.
O campeonato de 1974 era dividido em dois turnos. Nove equipes disputavam a primeira fase. Em oito jogos, quem fizesse mais pontos seria campeão. Mesmo com desconfiança, o elenco do Galo mostrou superação e venceu o turno na final contra o Itumbiara. O herói do jogo, o atacante Sinomar, contou como foi a jogada do gol decisivo. "O ponta-esquerda Zé Carlos fez boa jogada e cruzou para a área. Entrei em velocidade e ganhei do goleiro: 2 a 1", lembra. Revelado nos gramados da Vila Olímpica, Sinomar se destacou no Goiânia de 1972 a 1977. Líder nato, aos 28 anos, o ex-ponta esquerda abandonou os gramados para iniciar a carreira como treinador.
Com vaga garantida na final, o Galo colocou pressão nos rivais Vila Nova e Goiás e acabou relaxando no segundo turno. Com isso, o esmeraldino venceu e obrigou a final entre as equipes. Na primeira partida da final o Goiânia venceu por 1 a 0 e levou vantagem para a finalíssima. Na decisão, o empate em 1 a 1 quebrou o jejum de seis anos sem título e coroou o time formado pelo goleiro Nilson; na lateral-direita, Eulálio e na esquerda Tássio; dupla de zagueiros Dema e Lula; no meio, Maurício e Benê; na ponta-direita, Marco Antônio; do outro lado, Sinomar; no ataque, Rogério e Marcelo. 34 anos depois, a torcida espera ver no jornal a escalação de um novo time vitorioso.
Fonte: Jornal Diário da Manhã - 24 de novembro
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