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O adeus de um ídolo



Um jogo e uma certeza: uma derrota. Mas não foi uma simples derrota, foi a despedida de um dos maiores ícones do esporte brasileiro: Gustavo Kuerten, nosso Guga. Jogando ontem contra o número 19 do mundo, o francês Paul-Henri Mathieu, em solo francês, ou poderia dizer, solo brasileiro, afinal Roland Garros é a casa de Guga. Mesmo jogando em casa, nosso tenista não resistiu às dores no quadril e o inevitável aconteceu: 3 a 0, parciais de 6/3, 6/4 e 6/2. Na partida, Guga utilizou um uniforme azul e amarelo idêntico ao de 1997, quando conquistou o primeiro de seus três títulos conquistados na França.

Após tantas glórias em Roland Garros, o brasileiro recebeu um troféu com um 'pedaço' da quadra central. Derrotado pelas dores, Gustavo Kuerten saiu de quadra como um verdadeiro ídolo: aplaudido de pé pela torcida. "Os títulos foram maravilhosos, mas eu me sinto mais feliz ainda por ter conquistado esse carinho do público. Vocês são minha paixão e minha vida. Obrigado", disse Guga emocionado.

Guga foi uma ótima realidade para o tênis brasileiro. Sua carreira foi marcada de títulos e principalmente contribuiu para a popularização de um esporte que andava meio carente no Brasil, de ídolos. Ele surgiu, venceu e caiu nos braços do mundo todo. Aos 31 anos se aposentou, não pela idade, e sim por não agüentar mais enfrentar seu maior adversário nos últimos anos: as dores na coluna.

O certo é que nosso tênis ficará órfão. Não podemos esperar por um milagre: outro Guga nos próximos anos. A Federação precisa incentivar e trabalhar para popularizar o tênis no Brasil, para que como Guga e Maria Ester Bueno, que venceu sete vezes em Wimbledon – 1958, 1959, 1960, 1963, 1964, 1965 e 1966. Também foi sete vezes campeã do torneio de Forest Hills – 1950. 1960. 1962. 1963. 1964. 1966 e 1868. Além de mais 571 títulos ao longo de sua carreira. É uma das tenistas mais laureadas do tênis mundial.

Investir no esporte e contribuir com o surgimento de ídolos, não apenas no tênis, mas em todas as modalidades, é um dever do presidente e de seus ministérios. É preciso ser realizado um trabalho sério, com políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do esporte nacional, num país que depende de "craques" nos campos, quadras, pistas e tatames. Pra frente Brasil!!!

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