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Autódromo de Goiânia agoniza


O Autódromo de Goiânia pode voltar aos velhos tempos de auge em competições de carros, motos e caminhões, como Fórmula-3 Sul-Americana, F-Chevrolet, F-Turismo e quem sabe eventos internacionais como a Fórmula Indy já para 2009. Mas para isso acontecer seriam necessárias reformas em toda a infra-estrutura do autódromo, que iria da pista aos boxes, grades, arquibancadas e banheiros. Só para reestruturar a pista o gasto seria de R$ 5 milhões. Uma alternativa, mais radical, seria mudar o autódromo de lugar, nas proximidades da barragem do ribeirão João Leite. Nesta hipótese, o investimento ultrapassaria a casa do R$ 40 milhões. O problema é que o governo ainda não aprovou nem a reforma do atual, muito menos a mudança de local. A decisão deverá ser divulgada nos próximos dias, caso Goiás queira voltar ao cenário do automobilismo nacional e internacional. Por enquanto, apenas as divergências ficam evidentes.

Caso a mudança seja aprovada, o responsável pelo projeto do novo autódromo ou pela adaptação será o famoso alemão Herman Tilke, 49 anos, com mais de 30 projetos de pistas de corrida pelo mundo, além de construir e renovar avenidas, ruas e rodovias. Este é o mesmo engenheiro que, segundo a Federação Goiana de Automobilismo, fez uma avaliação no autódromo ano passado, constatando que seria possível uma adaptação do local num curto espaço de tempo e com gastos inferiores.

É com essa argumentação que a Federação é contrária a construção de um novo autódromo. "Não existe a mínima chance de isso acontecer. Ninguém pode tocar a mão no patrimônio público, o que o nosso autódromo necessita é de reforma e não mudar de local", garante o presidente da Federação Goiana de Automobilismo, Ney Lins, que ainda fez questão de alertar que tudo isso não passa de uma jogada eleitoral para que a área seja colocada em leilão para a construção de um condomínio fechado. "A proposta é absurda. Foram apresentados três anos para trazer as corridas no valor de 13 milhões de dolares. Corrida para Goiânia vem de graça, a federação tem a obrigação de organizar".

Para o agente internacional de comércio exterior, Arimar Silveira, o que atrapalha as negociações, seja para uma grande reforma, seja para a construção de um novo autódromo em outro local, é a atual crise financeira e política do governo. "O impasse político emperra a vinda da Fórmula Indy para Goiânia. A competição, que já está sendo negociada, pode ficar de fora do calendário automobilístico da capital pela falta de comunicação. São oportunidade que estão indo para o ralo", afirma.

No ano passado, o empresário holandês Lee Van Dam, responsável por trazer para Goiânia o Mundial de Motovelocidade na década de 1980, visitou a capital, após cinco anos sem vir à cidade, para conferir de perto as condições em que se encontra o autódromo. O resultado da análise foi bastante animador: Goiânia tem menos problemas do que Curitiba, Rio de Janeiro e até São Paulo para receber competições internacionais, pois a localização, a visibilidade e o desenho da pista são favoráveis para a realização da competição.

Esta é uma avaliação que pode deixar o autódromo de Goiânia mais próximo aos passados anos de glória. Dos seus 34 anos de existência, a década mágica foi a de 1980, quando a capital sediou três etapas do Mundial de Motovelocidade, categorias 250 e 500 cilindradas. Na época, a Federação Internacional de Motociclismo considerava o circuito goiano um dos três mais seguros do mundo. De lá para cá o descaso foi tomando conta e o autódromo ficou esquecido, apenas esperando por uma resolução de divergências.

1 comentários:

Anônimo disse...

Só tem um detalhe sobre o novo autódromo de Goiânia que o presidente da federação goiana de automobilismo não confessa nem a base de porrete: é que ele, o filho dele que é engenheiro, o dono da tropical imóveis estão por detras desse golpe imobiliário que é o novo autódromo de Goiânia e por parte do novo governo, um jeitinho de meter a mão na grana do Ministério dos Esporte ! o novo autódromo de Goiânia é uma roubada!