"Pontos positivos não faltam para Goiânia. Temos um grande estádio, um povo educado, força no futebol, estamos num ponto estratégico no Brasil e Goiânia tem uma cultura turística muito significativa. A Copa do Mundo aqui vai valorizar isso. Acredito que o peso político pode fazer a diferença, mas o maior peso é o técnico. Precisamos ter uma estrutura pronta. Confio no trabalho dos nossos políticos", destaca o presidente da Agência Goiana de Esporte e Lazer, Agel, Talles Barreto.
Porém, a capital goiana não vive só de pontos positivos. É preciso cumprir requisitos básicos que envolvem questões de segurança, transporte, Autódromo, retomada das obras do aeroporto, problemas no anel viário, ampliação da rede de hoteleira, criação de um novo complexo do Parque Agropecuário, reforma do Serra Dourada, implicando um investimento de aproximadamente R$ 5 bilhões.
Entre as obras, a menos problemática é a do Serra Dourada. O Estádio deve passar por uma ampla reforma estrutural, elétrica e de concreto. Será melhorado o sistema de monitoramento e de catracas eletrônicas; as cabines de rádio vão precisar ser ampliadas; devem ser incluídos mais telões, modificadas a entrada dos vestiários, ampliados os bancos de reservas, como também trocar todas as cadeiras e assentos, melhorar a segurança, extinguir a geral e criar camarotes para os patrocinadores do evento, todas modificações básicas. A capacidade do novo Serra Dourada será de 40 mil pessoas.
Talles Barreto disse que hoje nenhum estádio brasileiro tem condições de abrigar um jogo de Copa do Mundo. Segundo ele, todos os postulantes estão bem longe do padrão exigido pela Fifa. "Nenhum estádio no Brasil tem condições de realizar os Jogos. Alguns estão mais avançados, mas não estão aptos ainda. Até mesmo o Morumbi e Maracanã estão em situações complicadas. Eles nunca vão atender as necessidades da Fifa no quesito estacionamento, já o Serra é auto-suficiente nesse quesito", comemora.
Do lado dos catarinenses, eles apostam nas belezas naturais, infra-estrutura, segurança, um bom sistema de saúde, rede hoteleira e capital turística do Mercosul. Entretanto, além de problemas com o sistema de transporte e aeroporto, Florianópolis não tem um estádio com capacidade de receber os jogos. Com isso, eles apostam todas as fichas no projeto do novo Estádio do Orlando Scarpelli, que terá o custo de 30 a 40 milhões de reais.
Mas a missão não é nada fácil. O tempo é o maior inimigo dos catarinenses. As reformas ou construções de estádios devem começar no máximo até o dia 31 de janeiro de 2010. O prazo final para a entrega definitiva de todos os estádios em plenas condições de uso será o dia 31 de dezembro de 2012. Em 2013, o país deverá receber a Copa das Confederações, que serve como uma espécie de ensaio geral para o Mundial.
E a disputa já tem data para começar. No dia 30 de janeiro, uma comissão da Fifa, composta por três representantes, chega ao Brasil para vistoriar as candidatas. Serão observado aspectos como estádios, infra-estrutura, aeroportos, rede hoteleira, entre outros. A vistoria deve terminar em 7 de fevereiro. O anúncio das sedes está marcado para março.
Enquanto algumas cidades sonham em sediar os jogos do Mundial, outras certamente já estão confirmadas. São elas: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Já Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba estão próximas de ser escolhidas, restando três vagas. Assim, Manaus, Belém, Cuiabá, Goiânia, Campo Grande, Natal e Florianópolis brigam pelos lugares restantes.
Fonte: Jornal Diário da Manhã
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