Fonte: Gustavo Martins, da Editoria de Esportes - Diário da Manhã
Clássico é emoção do início ao fim e requer atenção dos atletas até o último sopro do árbitro. Se aproveitando de uma bobeira da defesa do Vila Nova, o zagueiro Gilson encheu o pé aos 46 minutos do segundo tempo para garantir a vitória do Atlético sobre o Tigre. O resultado deixou a equipe rubronegra na quarta posição e empurrou o colorado para a 12ª colocação na tabela.
Antes da partida, o volante Pituca deixou claro a situação. "Nós vamos tomar a iniciativa do jogo. O Atlético veio para ganhar", disse. Os primeiros minutos mostraram exatamente isso. O Dragão pressionou e acuou o adversário em seu campo de defesa se utilizando de bom toque de bola, enquanto o Vila Nova tentava sair nos contra-ataques com o garoto Gil. Logo aos 9 minutos, o atacante Marcão sofreu falta frontal de Thiago Carvalho. Na cobrança, o goleiro Márcio bateu em cima da barreira. A bola espirrou e sobrou limpa para o próprio Marcão tocar no canto. O goleiro Juninho ficou vendido no lance, assistindo a bola bater na trave direita e entrar, encerrando o jejum do atacante rubronegro.
A partir daí, o Atlético foi soberano em campo e aos 16 provou o gosto de passeio em campo. Em jogada trabalhada pela direita, o Dragão trocou passes como quis até que Marcão achou Róbston na área. O meia invadiu e tocou com consciência após o goleiro Juninho ter caído, fazendo o segundo gol atleticano. O técnico do Vila, Vágner Benazzi, sentiu que a equipe precisava de uma sacudida e colocou Washington no lugar de Thiago Carvalho. A alteração mexeu com os nervos do Tigre, que resolveu acordar. Com 25, o estreante lateral colorado Ralph fez boa jogada pela esquerda e colocou a bola na cabeça de Vanderlei. O atacante cabeceou consciente, no canto de Márcio, que por sua vez operou um milagre. A bola ficou pulando solitária em cima da linha até o garoto Gil chegar e colocar para dentro, dando início à reação do Vila.
Logo depois do gol, Washington dava sinais de que ia dar trabalho. Em sua primeira participação, o meia recebeu sozinho na área e fuzilou Márcio, que fez uma de muitas grandes intervenções. A partir do gol, o lado direito do Tigre deu muito trabalho, com boas investidas de Gil e Osmar. Apesar do bom momento do garoto, a equipe colorada não conseguiu definir a jogada e desceu para os vestiários em desvantagem no placar.
No início da segunda etapa, o técnico Mauro Fernandes sentiu que o Atlético precisava de uma mudança para acordar no jogo. Anaílson deu lugar a Elias na meia rubronegra. Aos 15 minutos, o jogador já teve sua primeira chance ao invadir a área de frente para o goleiro Juninho. Otacílio chegou de carrinho por trás e roubou a bola de forma limpa, deixando Elias sem entender o que havia acontecido. No minuto seguinte, o Tigre levou o que parecia ser o golpe de misericórdia. O zagueiro Edson Borges perdeu a bola no meio-campo e deu uma entrada dura em Marcão por trás, recebendo o cartão vermelho direto. Com um a menos em campo, o Vila Nova foi para cima na base da superação e se expôs aos contra-ataques atleticanos.
O Dragão aproveitou a vantagem numérica para pressionar, mas não contava com um imprevisto. O técnico Vágner Benazzi foi expulso por reclamação e não pôde ver o meia Washington, do Vila Nova, receber a bola na área e soltar uma bomba indefensável no ângulo direito de Márcio. A torcida colorada comemorou a garra do time como se fosse um título e o Tigre se encolheu.
Em clássicos tudo pode acontecer até o apito final. A teoria ficou comprovada pela estrela do zagueiro Gilson. O jogador, que era reserva da posição e entrou na vaga de Jairo, suspenso, recebeu um presente aos 46 minutos. Em cobrança de escanteio e bate e rebate na área, Elias dominou de peito e a bola sobrou para Gilson que encheu o pé e sagrou a vitória rubronegra. Antes do fim, o valente Vila Nova ainda teve duas oportunidades aos 48, mas Márcio não estava disposto a abrir mão da vitória e operou um milagre que garantiu a vitória suada do Atlético sobre o Vila Nova.
Ficha técnica:
Vila Nova (2): Juninho; Thiago Carvalho (Washington), Leonardo e Edson Borges; Otacílio (Rafinha), Alisson, Canindé e Ralph (Walter); Gil e Vanderlei
Técnico: Vágner Benazzi
Atlético (3): Márcio; Rafael Cruz, Gilson, Gil e Chiquinho; Leandro Carvalho (Wesley), Pituca (Jaílson), Róbston e Anaílson (Elias); Juninho e Marcão.
Técnico: Mauro Fernandes.
Local: Estádio Serra Dourada
Árbitro: Cléber Welington Abade/GO
Jesmar Miranda de Paula/GO e João Patrício de Araújo/GO
Hora: 16h10
Público: 9.101 pagantes
Renda: R$ 139.485,00
Cartões amarelos: Rafael Cruz, Gilson, Róbston e Wesley; Vanderlei, Ralph e Walter
Expulsões: Edson Borges e Vágner Benazzi
0 comentários:
Postar um comentário