Ontem era dia de ficar acordado até mais tarde para assistir nossa seleção golear a fraca seleção do Canadá. Logo aos quatro minutos do primeiro tempo, o atacante Robinho, numa linda jogada, deixou Diego de frente com o goleiro do Canadá para abrir o placar, 1 a 0. A partir dali, o jogo só podia continuar em ritmo de uma goleada histórica. Mas, aos poucos, a seleção foi mostrando a cara do treinador: time apático, perdido, caneludo e sem um jogador de desequilíbrio no meio-campo. E aos poucos, o incrível foi acontecendo. Canadá foi gostando do jogo, perdendo gols que até os atacantes do Ipatinga não errariam. De tanto insistir, Friend empatou após uma falha escrota de Júlio César, 1 a 1. No fim do primeiro tempo, Luis Fabiano, de cabeça colocou o Brasil em vantagem, 2 a 1.
Poxa, o gol me deixou bastante animado. Pensei: 'agora o Brasil vai golear'. Doce ilusão. O time continuava com a cara de Dunga: sem graça e grosso. O Canadá continuava perdendo gols incríveis, mas conseguiu o empate antes dos 15 minutos do segundo tempo com De Guzman. O gol da vitória não demorou muito a sair, após um passe açucarado de um jogador canadense, Robinho driblou o goleiro e devolveu a vantagem, 3 a 2. Em resumo, o destaque da partida fica por conta da escalação de Dunga: dois volantes contra um time medíocre. A cada hora que Dunga passa no comando do Brasil, fica mais evidente que seus dias estão contados no posto de treinador.
Um meio-campo formando por Mineiro, Josué, Júlio Baptista e Diego, produzindo abaixo da média, não valeu nem o que foi pago à Confederação Brasileira de Futebol, CBF, pelo amistoso, e muito menos o meu sono perdido. A torcida não ligou para o fraco rendimento da seleção e aplaudiu o time ao final da partida. Esta foi de fato a primeira vitória da seleção principal do Brasil sobre a do Canadá. Em dois outros encontros, houve empates. Em 1996, pela Copa Ouro, um torneio sem limite de idade, o Brasil venceu por 4 a 1, mas estava representado pela seleção olímpica.
O técnico Dunga, que nunca treinou time nenhum durante a carreira, deixou claro durante as entrevistas coletivas que o foco da seleção são as eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. A medalha de ouro, o único título que falta para coroar nosso futebol, vai ser jogada na tampa de lixo, e ainda a CBF fica "pagando pau” para o desconhecido treinador Dunga.
O Brasil ainda tem mais um amistoso pela frente contra a Venezuela e depois enfrenta o Paraguai, em Assunção. Na seqüência, clássico sul-americano contra Argentina, no estádio do Mineirão. Não acredito em vitórias nos próximos dois confrontos pelas eliminatórias. Caso o time seja formado com um meio-campo sem inspiração nenhuma, com um mineiro errando passes bizarros, Júlio Batista totalmente escondido, Diego cai mais do que cria e Josué sofrendo para colocar ordem na casa, serão dois jogos e duas derrotas. Na frente, a bola não chega. O Brasil se mostra muito dependente de Kaká; sem o craque do Milan, o time de Dunga é muito comum. Além de mal convocada, Dunga não entende de sistema tático e mexe de maneira errada. O futuro do Brasil na Copa de 2010 é bem pessimista se Dunga continuar no comando.
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