Usain Bolt ou podemos chamá-lo de Usain Recordes! O jamaicano de forma espetacular venceu os 200m hoje com o tempo de 19s30. A vitória era dada como certa, mas o mundo todo queria saber se ele conseguiria quebrar a marca que durava desde 1996 em Atlanta, com o norte-americano Michael Johson com o tempo de 19s32. Ele quebrou de forma fácil. "Sou o número um!", disse após a prova o brincalhão velocista.
A segunda colocação ficou com Churandy Martina, de Antilhas Holandesas, e o bronze foi para o norte-americano Shawn Crawford. O velocista Wallace Spearmon foi desqualificado por invadir outra raia e acabou perdendo a terceira posição.
Com os ouros das provas de 100 m e 200 m em Pequim, o jamaicano se torna o primeiro atleta desde Carl Lewis, em Los Angeles-84, a fazer a dobradinha das duas provas mais rápidas dos Jogos Olímpicos. Até o momento em Pequim, Bolt vem provando que não é deste planeta.
Velocistas por natureza
Mais famosa por ser a terra do mestre do reggae, Bob Marley, e da doutrina rastafári, a Jamaica prova nos Jogos OIímpicos que também se destaca em formar velocistas campeões. No masculino, Usain Bolt, venceu os 100 metros rasos e os 200m e cravou os dois novos recordes mundiais e olímpicos, com o tempo de 9s69 e 19s30 respectivamente. Mas a supremacia veio na prova dos 100 metros feminino quando as jamaicanas dominaram o pódio com um ouro e duas pratas - Shelly-Ann Fraser ganhou a corrida e Sherrone Simpson e Kerron Stewart atingiram um inusitado empate.
Essa superioridade tem explicações biológicas e socioculturais. Um dos segredos no sucesso dos jamaicanos, e africanos em geral, nesse tipo de prova é simples: todas as crianças fazem corridas de velocidade nas escolas. Além disso, em comum, todos os atletas negros têm baixa taxa de gordura no organismo, pernas mais longas que o resto do corpo, quadris estreitos e, principalmente, não há tantas barreiras econômicas e sociais para se formar um atleta de alto nível, pois os custos são baixos e a habilidade natural é o mais importante fator de sucesso.
É preciso também considerar a genética. Especula-se que a bagagem hereditária dos negros é responsável por aproximadamente 80% do seu rendimento enquanto atleta. Os outros 20% são derivados de processos de treinamento, nutrição e equipamento. "Os atletas negros brasileiros também tem na genética os 80%. O grande problema é a falta do restante: centros de treinamentos e profissionais especializados", explica o professor e médico especialista em reprodução humana, Mário Approbato.
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