Atlético com a mão na taça

Por Bruno Félix

A final do Goianão vem virando um filme repetido. Goiás e Atlético decidem pela terceira vez em quatro anos a competição. Em 2006, numa final contra o rival atleticano, o Goiás conquistou o título. No ano seguinte, novamente os dois se enfrentaram e o Dragão devolveu o revés e se sagrou campeão, quebrando um jejum de 19 anos sem títulos. Já no primeiro duelo da decisão em 2009, o rubro-negro levou a melhor e venceu o esmeraldino por 2 a 1 e joga pelo empate para conquistar o 11º título estadual. Para não amargar o terceiro vice-campeonato seguido, o esmeraldino precisa vencer. Por ter feito melhor campanha em toda a competição, o alviverde tem a vantagem de empate em pontos e saldo de gols ao fim dos dois jogos.

Porém, o cansaço pode atrapalhar o sonho do título ao Goiás. Na próxima quinta-feira (30 de abril), o Verdão terá um importante compromisso no Serra Dourada, na primeira partida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, contra o Fluminense. Se escalar o time reserva ou mesclar a equipe, o técnico Hélio dos Anjos sela a eliminação precoce esmeraldina na competição nacional. O jogo será muito duro e decidido nos detalhes. A tendência é que os titulares sejam mantidos para a partida. Então, na sexta-feira (1 de maio), os jogadores que atuaram no confronto estarão descansando. No dia seguinte, começa o trabalho de olho na final do Goianão. 

Será que o clube terá forças para correr os 90 minutos e conseguir reverter a vantagem Atleticana? Acredito que não! Se não precisasse vencer e se ainda jogasse pelo empate, teoricamente seria mais confortável administrar o resultado. Entretanto, somente a vitória interessa e o rubro-negro está disposto a coroar o tri-vice do Goiás no próximo domingo (3). Já o Atlético, descansou hoje (27 de abril), e amanhã (28), começa a traçar o esquema tático para a grande final. Bem descansado, o rubro-negro agora dita o ritmo da decisão. Com a vantagem debaixo dos braços, o comandante PC Gusmão, atual campeão Goiano pelo Itumbiara, sabe bem como conter o ímpeto esmeraldino e controlar principalmente o possível oba-oba atleticano. Se tudo isso for bem trabalhado, o título será uma questão de 90 minutos. E você, aposta em quem?