Souza iluminado com os pés. Descalibrado com a boca

Por Bruno Félix

"Falaram que eu tinha briga com ele, mas nada a ver. O Maxi só disse algo de que não gostei. Mas ele é meu amigo. Conversamos depois. Aqui não tem santo. Futebol é para macho, não para menininha", disse o meia Souza, que marcou dois gols na vitória do Grêmio por 3 a 0 contra o Náutico, ontem (4 de junho), no Estádio Olímpico, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. O desabafo foi para explicar uma possível briga com o companheiro de equipe, o atacante argentino Maxi Lopez, na semana passada. 

Com duas medalhas de prata nas últimas Olímpiadas (Atenas, 2004 e Pequim 2008), o futebol feminino brasileiro se sobressaiu em relação aos meninos do Brasil. Em 2000, nos jogos de Sydney, na Austrália, o Brasil foi eliminado por Camarões nas quartas-de-final do torneio. Quatro anos mais tarde, em Atenas, a seleção nem se classificou para as Olímpiadas. No ano passado, nos jogos de Pequim, medalha de bronze. É um desempenho pífio. 

Já as meninas, encantaram o mundo com as pedaladas da atacante Marta, três vezes eleita a melhor jogadora do planeta (2006, 2007 e 2008), com a categoria da meia Formiga, com os golaços da atacante Cristiane, enfim, com o conjunto da obra. Então, Souza, futebol é para macho ou para menininha? Há oito anos, tendo como base os Jogos Olímpicos, o desempenho das mulheres é bem superior.

E você, acredita que o meia Souza foi infeliz na declaração?