Por Bruno Félix - De Natal (RN)
Até mesmo quando só se vê poeira, o futebol vira papo descontraído e não fica de fora da conversa. Velocidade e futebol são duas paixões no coração do campeão na categoria carros da 17ª edição do Rally Internacional dos Sertões, o espanhol Carlos Sainz (Volkswagen Touareg 2). Em 2006, ele se candidatou ao posto de vice-presidente do Real Madrid, ao lado de Juan Miguel Villar Mir. Eles perderam para Ramon Calderon, que no início do ano, foi obrigado a se demitir por causa de falsificações de votos nas eleições.
A derrota, devido a fraudes nas urnas, desanimou o espanhol a ocupar o cargo de manager europeu. Futebol agora para ele apenas pela televisão. “Fiquei desiludido. Sou torcedor apaixonado pelo Real Madrid, mas depois do forte golpe que sofremos desanimei”, lamenta Sainz. De fora, ele não deixa de dar “pitacos” na atual administração do presidente Floretino Pérez, que iniciou novamente uma era de jogadores milionários. “É muito importante criar uma equipe forte e conquistar títulos. Além disso, mesclar a qualidade dos jogadores de fora com os da casa é um diferencial. Pérez é inteligente e quer acabar com a hegemonia do Barcelona, que ganhou tudo na última temporada. Isso não pode acontecer novamente”, destaca.
Sainz conta que na época em que se candidatou, o grande sonho do agora piloto era a contratação do meia-atacante português e melhor do mundo Cristiano Ronaldo, que se comprometeu a aceitar a proposta caso Villar Mir se elegesse. “Ele é um jogador fantástico e irá trazer muitas alegrias para os torcedores madrilhenhos. Agora, ele é uma realidade, que iniciou com conversas na nossa proposta de mandato”, lembra.
Sobre os R$ 437,7 milhões gastos para contratar Ronaldo e Kaká, Sainz não classifica como um absurdo os valores pagos, e sim, uma tentativa válida de construir um novo plantel vencedor no Santiago Bernabéu. “Tudo é em busca do 10º título da Liga dos Campeões. Além disso, os dois jogadores irão dar um retorno enorme para o clube em vendas de camisetas e outras estratégias de marketing”, prevê. “Todos querem jogar no Real. Isso é bom porque mostra a força do clube no futebol mundial”, avalia. Sobre os dois contratados, ele não se arrisca a dizer quem é o melhor. “Creio que eles são os dois melhores jogadores do mundo na atualidade e qualquer técnico ficaria feliz de contar com os astros”, frisa.
Se Sainz não pôde se tornar dirigente de futebol do clube do coração, ele pode comemorar por ser um torcedor ilustre, porque quando o assunto é carro em competições off-road, ele faz bonito e não pretende parar por aí. “O Sertões foi um treino de luxo para o Dakar, a maior competição do estilo no mundo. A vitória provou que estamos preparados para buscar mais uma conquista em terras argentinas e chilenas em 2010”, planeja Sainz, que disputou a Dakar três vezes e na última dominou as seis primeiras etapas e após um acidente teve que abandonar a prova. “Nunca cheguei tão perto do título. Já estou ansioso para iniciar a maratona novamente”, destaca.
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