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Danças dos técnicos não perdoa nem medalhões

Por Bruno Félix




As dez primeiras rodadas do Brasileiro Série A já apresentam sete técnicos demitidos. Em relação ao ano passado, o número é semelhante. Nas primeiras 17 rodadas, 15 comandantes participaram da famosa e comum dança dos técnicos no Brasil. Entretanto, na atual temporada, a diferença é que não há distinção entre currículo e salário dos profissionais. Se as vitórias não forem alcançadas imediatamente, a palavra de ordem todos já conhecem: rua!

O efeito dominó não segurou nem os medalhões Muricy Ramalho, ex-São Paulo, tricampeão brasileiro (2006, 2007 e 2008), que não suportou a eliminação na Libertadores, e Vanderlei Luxemburgo, ex-Palmeiras, cinco vezes campeão nacional, dispensado depois de bater de frente com o presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, no caso da venda do atacante Keirrison para o Barcelona. Além deles, quem se juntou à lista foi o renomado tetracampeão Mundial Carlos Alberto Parreira, ex-Fluminense, que durou apenas 24 partidas no comando do Fluminense.

Parreira foi demitido na última segunda-feira, concomitantemente a outros dois treinadores. Vágner Mancini, ex-Santos, que não teve fôlego para suportar a vexatória derrota por 6 a 2 para o Vitória-BA, fora de casa, e Márcio Bittencourt, ex-Náutico, demitido após o pífio desempenho na competição. Geninho, campeão paranaense com o Atlético-PR, é o novo treinador do Timbu, que já trocou duas vezes de comando. Nas primeiras rodadas, Waldemar Lemos era o treinador, mas aceitou o desafio de ser o substituto de Geninho no Furacão.

No Sport, Nelsinho Baptista, bicampeão estadual e campeão da Copa do Brasil no ano passado, deixou o comando após desentendimento com o meia Paulo Baier e com outros jogadores da equipe. Leão foi contratado.

Com tantas demissões, a 11ª rodada promete fortes emoções aos torcedores e preocupação aos treinadores. Dois estão ameaçados. No Avaí, lanterna do Brasileiro com apenas sete pontos, o comandante Silas, o mesmo que levou o time ao acesso em 2008, pode perder o cargo, dependendo do resultado, hoje, contra o Goiás, no Serra Dourada. Tite, do Internacional, se tornou peça frágil no comando do colorado, depois das derrotas para o Corinthians na final da Copa do Brasil e para a LDU na Recopa Sul-Americana. Além disso, o nome de Muricy disponível no mercado seria uma possibilidade de novos ares no Beira-Rio.

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