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Que venha a 18ª edição do Rally dos Sertões

Fotos Marcelo Maragn

Por Bruno Félix
Direto de Natal (RN)


Apesar da inquestionável qualidade da 17ª edição do Rally Internacional dos Sertões em 2009, o efeito da crise mundial também esteve presente na competição. O faturamento caiu de R$ 6 milhões em 2008, para R$ 4 milhões este ano. A 17ª edição da prova contou com a participação de 119 aventureiros, de 11 países. Em 2008, o número foi de 168 competidores, de 14 partes do mundo. Uma queda de 49 inscritos em 2009, obrigando a redução de custos na parte logística da competição. “A crise esvaziou várias categorias em quantidade, mas em cada uma ficou muitos nomes fortes e consagrados, como o espanhol Carlos Sainz, bicampeão de Ralis e atual campeão de carros, ao lado do compatriota e navegador Lucas Cruz”, destacou Marcos Morais, presidente da Dunas Race, empresa organizadora do evento.

Se para 2010 a crise se agravar ainda mais, a organização da prova prevê novas providências, como o corte de três etapas do calendário da prova e, em vez de dez dias, seriam apenas sete de competição. A redução garantiria uma economia de aproximadamente R$ 600 mil. “Infelizmente deveremos tomar essa medida caso a situação financeira mundial entre em um colapso mais forte”, lamenta Marcos Morais.

Além disso, está quase tudo pensado para a 18ª edição, no ano que vem. A largada será pela nona vez em Goiânia, passando de junho para agosto, por causa da Copa do Mundo de futebol na África. A prova terá mais roteiros inéditos e Brasília, que completa 50 anos em 2010, deve ser parabenizada com a inclusão no certame e é a favorita para receber a chegada. A capital federal disputará com Ceará e Rio Grande do Norte. “O Rally dos Sertões já passou duas vezes por Brasília, foi muito bom, e a data de comemoração do aniversário é importante. Também poderemos organizar uma etapa do Super Cross por lá”, adiantou Marcos Morais. Outra mudança será na categoria dos caminhões, em que muda o regulamento, no quesito peso. “Fica a missão para fazer uma competição tão boa como a de 2009”, completa Marcos.

Pilotos

Se a organização já planeja o início da 18ª edição do Rali dos Sertões, os pilotos, por sua vez, direcionam os trabalhos para o Rally Dakar, que será realizado de 2 a 17 de janeiro de 2010 novamente em terras argentinas e chilenas. Além disso, o regulamento sofreu alterações, como a limitação de motos de até 450cc para todos os pilotos profissionais da categoria. Os amadores ainda poderão utilizar motocicletas de 660 cm³ na próxima edição, mas em 2011 também terão que se adaptar à nova regra. Para o pentacampeão do Rally dos Sertões, o paulista Zé Hélio, esta resolução pode ser o início de uma equiparação entre os concorrentes. “Já começo a enxergar uma possibilidade de vitória”, garantiu Zé Hélio, que participou do maior rally do mundo duas vezes e tem como melhor resultado a 12ª posição no geral e 3º nas 450cc.

O bicampeão Mundial de Ralis e atual campeão na categoria carros dos Sertões 2009 ao lado do navegador Lucas Cruz, o espanhol Carlos Sainz, divide o mesmo pensamento de Zé Hélio. Segundo ele, ter conquistado o título do certame brasileiro na primeira participação é uma prova de que o Dakar não é impossível. “É um sonho conquistar o título.”, disse o piloto, que participou três vezes do maior rally do mundo e que ainda não confirmou a presença na etapa de 2010. “Vai depender da equipe Volkswagen. Estarei encantado de voltar a competir e não me custaria nada”, brincou.

Edu Piano, campeão nos caminhões, que formou trio com Sólon Mendes e Davi Fonseca e ficou com o terceiro título consecutivo, disse que primeiro irá comemorar o título dos Sertões, que segundo ele, “foi um gol marcado nos últimos minutos do segundo tempo, que lhe deu a vitória de virada”, resumiu.

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